quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Obrigada, leitores!
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Invincible
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Continhos de fada são coisa de mulher
Mas não é?? E, talvez, este seja um problema. Não tenho lá tanta experiência de vida, mas adoraria dividir a pouca que tenho com as leitoras deste espaço.
Ultimamente, tenho percebido que a criatividade feminina, se não levar umas porradas de vez em quando, tende a levar a gente pra sonhos inalcançáveis e expectativas inatingíveis. Eu, particularmente, sempre fui criticada por ter “mau gosto”. Meus namorados, em geral, são caras de personalidade adorável, amáveis, que me satisfazem emocionalmente. Podem não ser supermodels, atores da Globo ou podres de ricos. São, simplesmente, “pães com manteiga”, sabe?
Pão com manteiga é aquele cara simples, do tipo que você vê na rua aos montes, e que não chama a sua atenção até trocar uns 15 minutos de conversa com você. Não chegam a ser um sanduba de salmão com mostarda dijon, entende? São um simples pãozinho na manteiga.
Há um tempo, terminei um namoro longo e decidi sair da cena de relacionamentos estáveis por um instante. Resolvi sair com caras do tipo que nunca achei que fossem me dar bola. Vocês devem saber que não há nada que uma boa dose de confiança (e o salto perfeito) não possa resolver. Pois bem, tive minhas experiências com supermodels, atores da Globo (tá, um só) e rapazes endinheirados. E querem saber? Eles pensam na mesma coisa, em suma: NELES. Estão preocupados com a carreira, com a privacidade, com a renda, tudo deles. Não pensam tanto em você e, pior, se entregam muito dificilmente, o que me leva de volta aos pães com manteiga.
Nós, mulheres, somos condicionadas a buscar sempre o melhor. Quer a prova? Se você entra numa loja maravilhosa de roupas e se apaixona por “aquele” vestido ma-ra, que custa metade do seu salário, o que você faz? Em geral, são 3 opções:
- a) Compro o vestido mesmo assim, minhas contas que se danem!
- b) Não compro nada. Economizo até ter o dinheiro inteirinho e, então, compro o vestido!
- c) Compro aquele outro pretinho básico ali, que é mais barato e também vai me fazer feliz.
Se você escolheu a última opção, PARABÉNS. Você sabe economizar e toma as decisões corretas. Pena que o resto de nós não consegue. E é exatamente disso que estou falando. O vestido caríssimo que não cabe no seu orçamento é justamente o cara que sai nas capas de revista ou o garoto mais popular da sua turma na faculdade: você pode até conseguí-lo – e, com certeza, vai ficar extasiada quando conseguí-lo -, mas a verdade é que, um tempo depois, a seda do vestido vai desfiar, a cor vai desbotar e você vai desencantar de uma forma que vai doer seu coração – e seu cartão de crédito. Enquanto isso, o pretinho básico que você sempre quis – e não sabia – está ali na arara esperando que você o leve pra cabine.
Não estou falando dos underdogs. Estou falando de caras que também têm pegada, também já namoraram bastante, mas, ao contrário dos outros caras, aprenderam uma habilidade a mais: sabem VALORIZAR sua companhia.
Além de não fazerem joguinhos (até onde sei, você pode ligar para eles todo dia – nossa! – e eles, ainda assim, não perdem o respeito por você), são mais carinhosos, cavalheiros e são uns perfeitos “caras de marido”. E, dificilmente, quebram seu coração àquele ponto em que a escolha de Sofia é entre chocolate ou uma pilha de livros de autoajuda.
É por isso que eu digo: acordar de manhã com um pão com manteiga e um cafezinho na sua cama pode ser uma excelente forma de começar o dia. A não ser que você seja uma Gisele (Bündchen ou Itiê) – nesse caso, o sandubinha de salmão vem facinho.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Passo-a-passo para um Valentine's Day bem sucedido (para homens)
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Fixação - Platonismo socrático
Procurei uma palavra que definisse o que eu sinto por você. Não achei. Para falar a verdade, não sei bem o que estou procurando. Só sei que você virou um vício para mim. Como uma droga pesada - na primeira vez, o rush foi incrível. Depois, fui ficando resistente aos seus charmes, ao seu sorriso. Custava mais a me derreter, mas o final era sempre o mesmo: eu, derretida, com a mão quente no peito, gemendo e ofegando, dizendo “ai, meu Deus, como eu preciso”.
Será que importa mesmo que eu nunca o conheci? Será? Sei muito bem que você existe, sei qual nome sussurrar ao seu ouvido e sei que, óbvio, tudo aquilo que você tem eu não vou mais achar em ninguém. Sua pele branca, suas cores todas, sua voz de menino. Será que consigo expressar em palavras o meu desejo? Sei que, em ações, nunca poderei. Mas se pudesse, não conseguiria esconder o quanto quero você.
Quero conhecer seu cheiro, seu toque e seu prazer, sentir em suas mãos o quanto meu corpo esquenta com o mero pensamento de estar ao seu lado. Sentir as luzes piscando em meus olhos como as notas do seu baixo e os tremores em meus joelhos. Ouvir sua voz dizendo “vem” e, ignorando meu bom senso, dizer “agora”.
Pela primeira vez na minha vida, me sinto embriagada de luxúria, num platonismo socrático - quero você, nunca terei você, então fico na platéia, sem outra saída, sonhando acordada com as sensações que nunca viverei em suas mãos, em seus lábios, em meus lábios. Vamos recomeçar?
Meu nome é... Bem, não importa. Na realidade, seu nome também não, embora eu já saiba qual é. Tudo o que quero é uma noite com você, se não for pedir demais. Quem sabe, depois de experimentar você, eu me dê por satisfeita. E consiga dormir em paz.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Abraço de Urso
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
A dama e o vagabundo
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Caminhos
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Living in reverse
terça-feira, 6 de julho de 2010
Conto: O outro lado do desespero
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Atitude
Todos nós temos atitude. Manifestamos de maneiras diferentes, pois nossas atitudes são diferentes, mas todos a temos. Mesmo que ainda não a tenhamos descoberto, temos.
A atitude é uma gracinha que guardamos lá dentro de nós mesmos e que nos diferencia uns dos outros. Cada um tem uma forma diferente de libertar essa gracinha. Para alguns, é a forma de se vestir. Para outros, é a forma de falar. Para mim, se sentir bonita é uma grande parte de libertar a atitude. E acho que várias outras mulheres concordam comigo.
Caso sua gracinha, assim como a minha, goste de maquiagem, dê uma olhada no canal que criei no YouTube para falar disso, o MakeAtitude. Siga no twitter também - @MakeAtitude - para dicas de maquiagem, tutoriais, produtos e sorteios.
Deixe também seu comentário, dizendo o que é atitude para você e como você liberta sua gracinha.
Thanks! ;)
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Samba-poema
onde tudo é pouco,
porque você não está.
Procuro formas de abafar a dor,
que é um grito louco,
porque você não está.
Já não sei mais onde vou chegar.
Não quero andar para frente,
quero rebobinar
P'ra um tempo em que o meu lugar
era ser "a gente"
e o abraçar.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Conto: Pacha não.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Kama
Sugestão de trilha:
domingo, 9 de maio de 2010
Preparações
Acho que é minha própria culpa precisar dessa cirurgia. Claro, tudo na vida é nossa própria culpa. As coisas boas e as ruins. Carmas que voltam para nos assombrar ou abençoar. Tudo resultado do que já fizemos a nós mesmos ou a outras pessoas.
Fico pensando o que eu possa ter feito de ruim para ter chegado a esse ponto. Olho o relógio. Não tenho tempo para pensar nessas coisas. Não são remédio para minha doença. O próximo passo é botar uma roupa, antes que minha carona para o Hospital chegue.
O espelho grita comigo: "Vai mesmo castigar os médicos com essas olheiras?? Com este cabelo desgrenhado?" É, vergonha na cara eu não tenho mesmo, deveria pelo menos ter um pouco de maquiagem na pele... Enquanto passo minha base, rezo para Jesus, pra Maria, pra Buddha, pra Chama Violeta... Percebo que hoje é sábado. Dia da Chama Violeta, a chama da Transformação. Se alguém pode me transformar, e hoje - out of all days of the week -, é a Chama Violeta. Sem contar que, no meu carro sujo, ontem escreveram "Jesus me sarou", diferente dos piches comuns de "Mamãe, me lave". Outro sinal... Tudo bem, calma.
Maquiagem feita, interfone berrando. Minha carona chegou. Jogo uns grampos na franja, a prendendo para trás, num rabo de cavalo baixo. Não que esse detalhe vá enriquecer essa história, mas deve ter algum significado. Tudo sempre tem. Dou um beijo na minha cachorra, peço que reze por mim. "Que bobagem, cachorros não rezam".
O elevador parece vir em procissão até mim, de tão devagar que sobe. O preço que se paga por morar na cobertura. Experimente subir de escada em dia de apagão. É assim que mantenho minhas coxas grossas e avantajadas como são. Meu único orgulho (um dos).
Entrando no carro, pareço estar entrando em meu próprio caixão. Ao chegar no Hospital, coloco meu tercinho rosa entre o mindinho e o anelar da mão direita. Nem sei se Deus ainda vai me ouvir hoje em dia, misturando religiões como ando misturando. Se Deus é um só, não entendo como há tantas religiões por aí... Coisa mais esquizofrênica.
Deitada na maca, estou sendo empurrada para o Centro Cirúrgico. Vestindo aqueles roupões infames de Hospital, que insistem em mostrar sua bunda para todo mundo... detestando isso tudo. Já não basta ter sido infectada com esse passado imundo, agora ter que ser cortada para me livrar dele... E ainda deitada seminua nessa maca gelada.
Olho para o teto, vejo as luzes passando como num episódio de House ou E.R. Gostaria de ter minha câmera agora, para registrar o caminho que percorri para o calvário.
- Você vai ser meu anjo?
- Sim, Bruno, o seu anestesista.
- Oi, Bruno, vamos lá, me deixe grogue de uma vez. Chega de lerolero, não quero estar consciente pelos próximos 3 dias.
- Não acho que será necessário esse tempo todo...
- Eu lhe garanto que sim. Mas faça como achar melhor, você é o profissional, estou lhe pagando para não fazer o que eu acho correto.
Começou a injetar drogas nas minhas veias. Fiz o sinal de paz e amor enquanto me afogava lentamente em dúvidas, inseguranças, piadinhas internas e memórias do passado que eu, ali, tentava esquecer. E depois, era breu.
Acordei me sentindo mais leve. Como se a cruz que no princípio eu carregava nas costas e, depois, no ventre, tivesse sido cirurgicamente removida de dentro de mim. Alívio, livre, viva.
Percebi que tudo na vida são preparações. Primeiro, nos preparamos para andar, para falar. Depois, estudamos como preparação para uma vida profissional. Namoramos para noivar, para casar. Maquiei-me para me operar. Operei-me para viver. Melhor, maior, mais feliz.
E você? Qual a sua preparação?
sábado, 24 de abril de 2010
Big Picture
Introspecção faz parte da vida e nos ajuda a crescer. Justamente por isso, sempre que você estiver se sentindo confuso, dê um tempo. Vá para a casa de um amigo, saia da rotina, conheça pessoas novas, saia da cidade ou reveja pessoas do seu passado. Vale tudo para espairecer. Com a cabeça fresca, fica muito mais fácil enxergar as soluções para os seus problemas - muitas vezes, elas estão bem na sua fuça...
No meu caso, o que funciona é ligar uma música e curtir, sabe? Soltar a imaginação, meditar ou escrever uma coluna sobre a minha confusão interna - afinal, desabafar muitas vezes ajuda também. No entanto, ultimamente, tive que dar uma escapada maior. Resolvi entrar num avião e sair do estado. Rever uns amigos que não via há uns 6 anos, reacender umas chamas, dar umas risadas, o que ofuscou muito bem os meus problemas e minhas preocupações. No final das contas, voltei mais leve, mais feliz e os problemas pareceram muito mais fáceis de se lidar.
Admito: a fuga em si pode ser um processo de enfraquecimento. O que precisamos fazer é juntar forças para enfrentar os problemas. No entanto, considero a fuga um processo de empowerment. Sair da zona de desconforto para uma zona de "reconforto" pode ser uma excelente técnica de fortalecimento das nossas estruturas, pra poder lidar com os problemas que, de perto, parecem tão assustadores. Às vezes, tudo de que precisamos é um pouco de distância do problema, menos foco, para podermos ver o quão simples ele é de se resolver ou, até, contornar.
Por isso, quando tudo parecer difícil ou impossível, tenha em mente que nada é tão ruim quanto parece quando se olha a big picture: dê um passo atrás, para poder dar dois à frente, saca? Works everytime. ;)
Concorda? Não? Dê sua opinião nos comentários!
Para saber mais sobre o que eu penso, leia meu blog pessoal.
domingo, 7 de março de 2010
Saudade Instantânea - O começo
Resolveu se acalmar. Suas carências seriam resolvidas pela companhia de seus amigos, familiares e várias barras de chocolate light. Dedicou-se ao trabalho, à família, amigos e ao corpinho - sabe como é, um relacionamento constipado como estava, só podia fazer engordar. Resolveu ficar sozinha por um tempo, explorar os rapazes da fila (sempre tem fila, né?). No entanto, algumas pessoas especiais foram chegando e ela, ao contrário do que sempre foi, passou a analisar friamente seus pretendentes.
- Não quero perder tempo, Bia. Ao mesmo tempo, não quero fazer nada correndo. Entende?
- Amiga, não. Desde quando você fala a minha língua?
- Bia, te mando "a" ou "para"?
- Não sei. Economizando nas crases?
- Vá à merda. Tá aí a sua crase.
- Eita, o negócio tá feio mesmo. Achei que, se livrando do Bruno, ia conseguir canalizar a raiva pra outras coisas.
- É, pras amigas.
- Ok, me explica de novo. Mas tradução para leigos, ok?
- Sim... Quis dizer... Não estou com pressa de entrar num relacionamento. Justamente por isso, tenho calma de escolher a pessoa certa pra mim. No entanto, não quero perder tempo, no sentido de me deixar envolver com qualquer um pra "testar". Tô com pressa de ser feliz e com calma pra achar a pessoa certa, entende?
Desistiu de se explicar. Era sua amiga, e não sua mãe, não devia satisfações. Continuou se correspondendo com aquele amigo de quem gostava muito. Combinaram de sair. "Pode ser legal. Melhor do que ficar em casa postando textos aleatórios no blog".
Ele era diferente pessoalmente. Parecia mais tímido, sem jeito. Ao mesmo tempo, a mesmíssima pessoa com quem conversava todos os dias, horas e horas a fio, mesmo meses antes de terminar seu namoro. Sempre soube que ele era especial. Só não sabia que pessoalmente bateriam tão bem.
Nana diz:
Engraçado, nesse ponto ele me lembra o Guto.
Bia diz:
Por quê?
Nana diz:
Meio alternativinho, roqueirinho, baixista de banda, talento pra cabeludo... Soh que não tem tatuagens. lol
Bia diz:
Vc precisa parar de falar "lol", Nanah, na boa.
Nana diz:
Mas sério, Bia! Tem noção do quanto esse kra me afetou? Normalmente, escrevo 1 texto por dia! Só hoje, já escrevi 3!!
Bia diz:
Ah, é? Perae!
Bia diz:
Ué, só tem um novo lá no blog.
Nana diz:
Falei 3 pra efeito dramático, amiga! Acompanha, vai??
Bia diz:
Sim sim, claro, nah. E aí, miga? Beija bem?
Nana diz:
Sabe o que me impressionou mais MESMO? Nossa, assim que ele foi embora na manhã seguinte, bateu uma saudade instantânea...
(to be continued)
domingo, 21 de fevereiro de 2010
A Garota e o Geek 2 – a conversa que nunca foi tida e as aspas descobertas
Entrei no apartamento dele, ignorei a presença de sua mãe à porta, marchei para dentro de seu quarto e arranquei o fio que ligava o computador à tomada. Seu monitor, no qual se podia ver seu joguinho estúpido rolando, se desligou imediatamente. Antes mesmo que o energúmeno conseguisse reagir e tirar seus fones de ouvido gigantescos da cabeça, gritei com toda a minha força, aos soluços, para ver se, ao contrário das outras milhares de vezes, o menino me escutava.
“ARGH, chega!!! Você escolhe! Eu posso muito bem deixar você continuar engordando, plantado nessa poltrona, imerso nos seus joguinhos, e gastar a minha vida esperando finalmente que você cresça! Posso muito bem gastar as minhas horas, a minha juventude e a minha auto-estima, que a essas alturas eu já nem sei se existe mais! Posso aprender a ser boa nos outros jogos que te interessam, já que me interessar pelo preferido não foi suficiente! Ou ler uma coleção inteira do André Vianco, para termos assunto para conversar! Eu posso muito bem, também, aprender a viver sem o seu carinho. E, provavelmente, vai ser mais fácil do que eu penso, considerando que seu carinho e nada são muito parecidos, na verdade. Mas uma coisa que eu não posso é, de jeito nenhum, ficar sem saber se isso tudo vai valer a pena. Porque só vai valer a pena se você me amar um dia. Você vai me amar um dia?? Diz se você vai me amar um dia!!”
Nesse momento, acredito que ele engoliu alguns palavrões e a vontade explosiva de quebrar alguma coisa na minha cabeça, por eu ter desligado o computador dele – sagrado, não se deve tocar no computador dele, ou qualquer periférico do mesmo. Ao tentar interpretar o silêncio dele, que só me lembrava o quanto ele havia se silenciado nos últimos meses, vi, em seu olhar, vários sentimentos: raiva pelo meu ataque de nervos; medo de minha ousadia ter estragado o computador dele; insegurança, por não saber se o computador dele tinha sido estragado ou não; e um sentimento cujo nome não sei ao certo. Um sentimento de indignação misturada a desespero. Ainda assim, não vi nada ali que mostrasse que ainda houvesse algum sentimento ligado a mim. Positivo, pelo menos, nenhum. Já tinha minha resposta. Mas, como se não fosse suficiente, ele ainda se atreveu a responder, enquanto amassava raivosamente um pedacinho de papel:
“Escuta. Eu não tô com saco. Eu não vou te amar um dia. Agora, me dá licença, que eu ‘tava no meio d’uma raid.”
Minha raiva chegou a tal ponto, que as lágrimas no meu rosto evaporaram. Percebi que aquele monstro, sentado ao computador, era uma desgraça para a “classe” de geeks around the world. Descobri que, no mínimo, eu havia engolido um par de aspas quando o classifiquei assim. Então, engoli o choro, passei a mão no Garfield de pelúcia que sentava em sua prateleira – presente meu –, e disse, já na porta de seu quarto, pronta para tirá-lo da minha vida completamente:
“Cansei. Vou comprar uma boa dose de juízo. Enquanto isso, aconselho que você pense em comprar um coração.”
(inspirada no roteiro de Claudia Ramos)
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Viver como um hamster
Ganhando R$4.000 por mês, tendo um emprego fixo ou um parceiro que lhe sustente é fácil se acomodar, sabe? Esquecer-se do sonho, da ambição, da fama, do sucesso... Afinal, isso tudo requer esforço, certo? E nem todo mundo tem a garra de querer sempre mais.
Morar com os pais é fácil, embora tenha seus pontos negativos. Aquele emprego paga bem, embora não seja bem o que eu quero fazer. Aquele menino é muito gato, embora eu não goste muito dele. Acomodar-se é fácil, mas não é certo.
Devemos ter a força para buscar sempre mais para a nossa vida: melhorar nossos relacionamentos, manter nossas amizades, nos esforçar por algo melhor para nós mesmos ou até para melhorar as coisas que já temos ou somos, seja nosso peso, nosso emprego ou nosso lar.
É aí que entra o hamster. Para mim, o hamster é o exemplo perfeito de determinação. Deixe de lado o fato de sermos seres vivos muito mais complexos do que um simples hamster. Analise apenas o seguinte: o bichinho corre, corre, mesmo sem chegar a lugar nenhum. O simples correr já é suficiente para ele. E é assim que deveríamos viver: com a determinação de um hamster! Sempre lutando, tentando, mesmo que não cheguemos a lugar algum. Afinal, o simples tentar nos ajuda a crescer e, crescendo, podemos chegar a lugares novos.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
A Garota e o Geek
Um sábado feliz, pro meu namorado, é aquele em que ele acorda tarde, almoça quase na hora de jantar, liga o computador e se concentra no PvP. PvP, para quem não sabe, é quando uma legião de geeks, separados em dois times, caem na porrada – virtual, é claro. Já um cara normal pensaria em incluir aí, em algum lugar, levar a namorada para passear, e claro, sexo. Meu namorado? Bem, eu poderia me vestir de líder de torcida, de estudante safada, de enfermeira tarada, e ainda assim a resposta seria a mesma: “Peraê, amor, tô quase acabando aqui. O Warlock deu ultimate e agora meu healer tem que curar geral, sabe como é, se eu sair daqui, todo mundo morre”. E sabe o que é pior? O jogo é pago; eu não cobro...
Conheci meu namorado na faculdade. Ele era um dos meninos populares, zoava todo mundo e implicava muito comigo. Feito maternal, sabe, quando o menino puxa a trança da menina de quem gosta. Ele ficou ao meu lado quando passei por um término difícil e acabei me apaixonando por ele em seguida, sem saber como seria difícil namorar um geek...
Você pensa, “bem, geeks são caras necessitados, em sua maioria virgens, que adorariam ter uma namorada gostosa”. E eu digo “não”. Geeks existem em todas as idades, virgens ou não, e têm personalidades variadas. O meu geek consegue ser o mais complicado de todos, ele leva a coisa a sério. Volta do trabalho sempre muito cansado, querendo ir pra casa, com preguiça de me ver. Mas ainda assim consegue ficar acordado jogando até às 5AM naquele maldito computador. Gasta rios de dinheiro pagando pelas mensalidades dos jogos, mais os upgrades e os acessórios e etc... E se compra uma rosa para mim por ano já é muito. Jantares românticos? Nunca. Cartões fofinhos? Só em datas comemorativas.
E para excitar meu namorado? Só usando linguagem geek. “Amor, que tal acordar seu mago para ele me curar todinha, hein?” Depois de umas provocações, “WoW, ta sentindo a mana, ta?, meu guerreiro poderoso!”. Se nada disso der certo, você pode sempre desistir do sexo e partir pra um “Dotinha”...
Como um menino como ele prende uma menina como eu? Quando ele não está jogando, juro, ele é um namorado normal, carinhoso, engraçado, divertido e especial. Em certos momentos, eu sinceramente chego a pensar que eu devo ser maluca em ter um namorado que só consegue ser bom quando a rede ‘tá down... Mas aí eu me lembro como o Bill Gates era geek aos 20 anos, como o Steve Jobs era geek aos 20 anos... E daí penso, “bem, que mal tem esperar mais uns anos?”
domingo, 26 de julho de 2009
Bipolar
“Uma leve bipolaridade”, disse meu médico. O diagnóstico me assustou. Não é todo dia que lhe dizem que você tem um problema neurológico. Também, já era de se esperar. Minha infância conturbada e as situações a que me sujeito todos os dias... É óbvio que existem duas de mim. A criança, que adora rir, escrever e falar besteiras; a adulta, que paga as contas e investe em sua carreira. Meu lado pessoal e meu lado profissional. Acho que bipolaridade todos temos, minha sincera opinião. Alguns são felizes e tristes. Outros, loucos e sãos. Eu, no caso, sou criança e adulta. A melhor bipolaridade que existe.
Veja bem: criança não tem stress, problemas, nem contas para pagar. Ao menos, não em teoria. As maiores preocupações de uma criança normal são brincar e crescer. O resto é o resto, fica para mais tarde. No entanto, esses meus dois lados estavam entrando em conflito. Eram duas personalidades e eu já não sabia mais onde a primeira terminava e começava a segunda.
Engraçado... Até cachorro eu tive dois. Duas: a Sophia e a Zoé. Uma, o oposto da outra. Assim como minhas personalidades. Engraçado como nós “externalizamos” o que temos escondido dentro de nós, não? Vai entender.
Uma das perguntas que eu mais faço, já percebi, é: “isso é bom ou ruim?”. “Você me lembra a prima da minha amiga!” – “Isso é bom ou ruim?”. Sei lá, nunca se sabe. Vai que a tal prima é uma megera... Não quero ser uma megera. Se bem que, dentro de mim, uma das duas é uma megera, tenha certeza. Uma é forte, a outra é fraca. Uma planeja, a outra não. Uma, o oposto da outra.
Está ficando tarde. Melhor eu ir dormir.
Boa noite, Anna. Boa noite, Anna.
domingo, 19 de julho de 2009
Se eu fosse colunista, o tema de hoje seria "a influência dos quadrinhos na formação da criança brasileira"
Desde pequena, sempre amei as histórias em quadrinhos do Mauricio de Sousa. Acho extremamente interessante como as historinhas conseguem atingir as crianças nos pontos mais profundos de suas cabecinhas. A Turma da Mônica é a maior prova de que, ao contrário do que dizem, crianças não imitam. Nas revistinhas, nunca vi cartinhas de leitores que dissessem "Cascão, estou há um mês sem tomar banho em sua homenagem". São sempre cartas como "Cascão, adoro você, mas acho que você devia tomar banho". É incrível como os leitores mirins da Turma da Mônica conseguem absorver apenas os aspectos positivos dos personagens com que se identificam: a força da Mônica, sem a violência; a disposição do Cascão, sem o medo de água...
Outro ponto reverenciável abordado por Mauricio de Sousa são as "causas". Historinhas que abordam a preservação do meio ambiente (como várias do Chico Bento e do Papa-Capim) e a reciclagem (o Cascão é um verdadeiro partidário da causa) conseguem transmitir para as crianças a urgência das situações que estamos vivendo, de uma maneira leve e marcante. Por meio dos quadrinhos, desde cedo, as crianças podem ser influenciadas por valores que, se abordados depois, poderiam não ser assimilados tão efetivamente, sendo tarde demais para ensiná-los.
Mauricio de Sousa é uma pessoa que eu admiro demais. Consegue, em uma revistinha apenas, vencer preconceitos, alegrar as crianças e ensiná-las a contribuir para um mundo melhor. Personagens com deficiências, em suas historinhas, são pessoas fortes, cheias de amigos e muito amadas, em vez de vítimas de infortúnios. Personagens rudes ou presunçosas são desconstruídas, exibindo seu lado humano. Animais ganham voz, pedras ganham voz, causas ganham voz, ao mesmo tempo que ensinam às crianças sobre religião, humanidade e amor.
Há muito tempo, revistinhas deixaram de ser um meio de lazer. Passaram a ser aulas de cidadania. E esse professor, Mauricio de Sousa, faz um trabalho tão admirável que seria um pecado seguir chamando suas classes de RevistINHAS e suas aulas de HistorINHAS.
Quer fazer essa criancinha aqui feliz? Ajude a fazer essa coluna chegar às mãos do Mauricio!
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Se eu fosse colunista, o tema de hoje seria "criatividade".
Na minha faculdade, nós aprendemos que a criatividade não é algo que se tem ou não. É algo inerente ao ser humano. Todo mundo é criativo, em níveis diferentes de capacidade. Isso tudo depende do quanto você “exercitou” sua criatividade até esse momento.
Não se acha criativo? Isso incomoda você? Pois nunca é tarde demais para se modificar: comece agora mesmo a exercitar sua criatividade. Faça um desenho, escreva uma historinha, invente uma piada ou até mesmo uma poesia para a pessoa de quem você gosta, porque a criatividade é como qualquer outra habilidade que nós temos: basta exercitar para evoluir.
Fico espantada com o quanto as pessoas conseguem ser criativas. Veja os vendedores ambulantes: com as suas gritarias, eles anunciam o produto que estão vendendo e, num local lotado pela concorrência, ganha quem gritar da maneira mais criativa. Então, eles inventam slogans, baboseiras que atraiam a atenção dos seus possíveis compradores e, muitas vezes, é essa criatividade que faz toda a diferença.
No mundo de hoje, onde tudo muda constantemente, é indispensável ser criativo para ser inesquecível. Seja o seu corte de cabelo, as roupas que você usa, a maneira como você fala ou a sua personalidade, é a sua maneira de marcar as pessoas que vai fazer com que você se destaque dos demais.
E, para fechar a coluna de hoje, eu abro um debate a respeito dos ambulantes: “Churéque” (tradução para leigos: Shrek). Falta de conhecimentos básicos de inglês ou estratégia de marketing? Deixe o seu comentário!
Não se esqueça de deixar sua opinião sobre a coluna de hoje. Se você ainda não votou nas colunas anteriores, não se esqueça de votar agora. A sua opinião é uma crítica construtiva para que eu melhore. Até a próxima! ;)
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Se eu fosse colunista, o tema de hoje seria “férias”.
Chegam as férias. Todo mundo feliz, planejando uma série de coisas para curtirem as férias ao máximo. Um mês depois, as pessoas começam a largar os planos e marcar churrascos de turma, amigo oculto, etc. Quando voltam as aulas, a felicidade dura uma semana. Logo vêm os deveres de casa, testes surpresa, trabalhos em grupo. É... Difícil ficar satisfeito.
Acho que, num mundo perfeito, felicidade seria não ter que acordar cedo e ir “sonambulando” para a aula, seria os finais de semana terem 3 dias, em vez de dois... Seria os deveres de casa parecerem mais divertidos e os trabalhos em grupo não serem tão estressantes... E os testes surpresa nunca valerem nota. O mundo perfeito seria aquele em que reprovação por falta não existiria, os professores seriam sempre legais e as provas seriam sempre de múltipla-escolha. Que mundinho impossível, não? Acho que é por isso que existem as férias... Para a gente ter tempo de sentir falta desse mundinho imperfeito em que vivemos. E o pior é que dá certo!
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Se eu fosse colunista, o tema de hoje seria "ser colunista"
E não sei se você sabe, mas vagas para carreiras não ficam por aí dando sopa. Você não pode procurar por uma carreira no jornal ou na internet. A sua carreira quem faz é você. Mas a verdade é a seguinte: eu não sei o que fazer para ser colunista. Juro. Publicitária, jornalista, modelo, atriz, todo o resto, eu saberia o que fazer para chegar lá. Mas colunista?
Quer um exemplo? A Carrie, de Sex and the City. Colunista! Mas em momento algum no seriado eles mostram a trajetória que ela percorreu para chegar até lá. Afinal, o seriado É a coluna, então não teria muito propósito em mostrar o que aconteceu antes daquilo.
Meu mentor me aconselhou a começar por um blog. De fato, quantas pessoas criaram um blog, escreveram meia dúzia de baboseiras sobre o que pensavam do mundo, mas fizeram de uma maneira tão única e valiosa que foram procuradas por grandes empresas? Eu quero ser uma dessas pessoas! Por isso criei esse blog. Aqui, escreverei pequenos textos – coluninhas de minha autoria – para explorar a minha paixão por escrever e, quem sabe, ser contratada... Porque a internet é a melhor ferramenta para ajudar você a cair de pára-quedas na carreira que você está procurando. Experimenta só.