segunda-feira, 7 de junho de 2010

Conto: Pacha não.

- Gente, as bisnaguinhas estão acabando.
- Alguém me passa a manteiga?
- Hoje vamos a Geribá? A Tatiza ainda não conhece...
- Deus defenda!
- Nãão, vamos pra night! Privi ou Pacha?
- PACHA NÃÃÃÃÃO!
- Vamos brincar de stop com o alfabeto inteiro?
- Gente, e o almoço?
- Deus queira, escorredor!
- Gildaaa, me ajuda aqui com essa cadeira? Quero colocar lá fora!
- Não faça isso, amygue, está um frio horrendo!
- Então vamos para a sauna hidratar o cabelo?
- É, pode ser uma boa, meu cabelo quer pegar alguém hoje.
- Na Privi ou na Pacha?
- PACHA NÃÃÃÃÃO!, gritam as quatro.

E começam a juntar os cosméticos na mesa da sala, para se maquiarem juntas. Passaram o dia inteiro conversando e ouvindo uma seleção inigualável de músicas, de todos os estilos, guardadas a sete chaves no iPod de uma delas. Enquanto isso, a cachorrinha choraminga no quarto, porque também quer participar da festa - afinal, quem não quereria passar tempo com essas quatro? Meninas alegres - até quando estão tristes -, amigas, divertidas e cada vez mais inseparáveis, conforme o feriado passa.

Existe uma coisa chamada empatia. O que essas quatro têm ultrapassa os limites desse sentimento. Deram-se bem de cara, se aturaram sem maiores dificuldades durante 4 dias debaixo do mesmo teto e, assim que cruzaram a fronteira de Búzios em direção ao Rio de Janeiro, começaram a sentir saudades uma da outra, mesmo estando ainda dentro do mesmo carro, ouvindo as mesmas músicas, falando das mesmas coisas, agora no passado. E, claro, sonhando com a próxima viagem, com o próximo café com bisnaguinhas, com a próxima viagem no carro apertado de uma delas... Com a próxima night juntas - na Pacha não.

inspirado na minha viagem este feriado com minhas 3 mais novas amigas. Deus defenda! (LOL)

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